A poluição na cidade de São Paulo diminuiu nas duas primeiras semanas de abril, segundo medição da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Desde janeiro do ano passado, o ar na capital paulista não registrava poluição por emissão veicular num nível tão baixo. Em março de 2009, o nível de monóxido de carbono atingiu registro médio de 1,2 parte por milhão (ppm), ante a média de 1,4 das duas semanas iniciais de abril.
Já o ozônio manteve tendência de alta em dez das 14 áreas medidas na Região Metropolitana. O maior registro de diminuição ficou em Pinheiros, que caiu 10% de março para abril, voltando a níveis do início do inverno de 2009. Uma das causas apontadas para a melhoria é o trânsito menor na Avenida dos Bandeirantes e também na Marginal do Tietê. No primeiro caso, caminhões passaram a utilizar o Trecho Sul do Rodoanel; no segundo, houve ampliação das pistas, o que teria diminuído, em tese, a concentração de poluentes.
Os especialistas também apontam as condições climáticas como fator que contribui para a melhoria do ar. O tempo mais úmido ajuda a "lavar" o ar, oferecendo melhores condições de dispersão dos poluentes. O mês de abril foi um dos mais chuvosos da história. No entanto, não se pode atribuir unicamente ao clima a melhoria. Houve, nos três primeiros meses do ano, quase 50 dias seguidos de chuva e, mesmo assim, os níveis de poluição aumentaram no período.
O bairro que mais sentiu esses efeitos positivos no ar foi Pinheiros, na zona oeste, que baixou 46,8% o nível de partículas inaláveis (fuligem). Na Avenida dos Bandeirantes (com medidores localizados no Aeroporto de Congonhas), a redução foi de 28,2%; e a região de Cerqueira César, no centro, registrou redução significativa, de 26,9%. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.